O relógio passa e descompassa mais rápido do que eu
observo as borboletas e o porquê só passa a ser importante no momento que as
borboletas não voam mais. E você sabe por qual motivo eu escolhi as
borboletas? Porque eu sei que o bater das asas de uma borboleta pode causar um
tufão do outro lado do mundo. E é ai que nesse momento que você descobre que
você simplesmente não pode só existir.
O silêncio determina quando atinge o fim e você
fica ali estático, sem movimento interno, e a sua vida passa a ser mecânica
naquele momento em que você some dentro de você mesmo. E mesmo você ali
existindo, a vida passa como se nada tivesse acontecendo dentro de você.
Interessante como a vida segue e não te espera, nem por um segundo, e de como
tudo acontece na frente dos seus olhos e você percebe cada movimento, cada
riso, cada palavra dita e não dita e seu olhar continua firme desejando se
libertar daquele momento, de quando não te dei o mundo.
O tempo anda tão apressado e eu ainda estou aqui
onde sempre estive sem ter o mundo, mas não se dá o que não se tem... Foi quando
resolvi ir atrás do mundo e descobri que a busca por ele foi mais
interessante. É quando você percebe que não precisa ter o mundo e sim, sempre buscar
por ele.
O momento que percebi que não devia te dá o
mundo... Guardei para mim o que havia conseguido, mas me desculpe por não ter
conseguido te dá o mundo eu escolhi que você fosse atrás do seu mundo. Mas eu te
juro que o meu mundo eu coloquei minha porta para que eu possa vivê-lo.