segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Em transe

Se você parar pra pensar existem pessoas que morrem de repente: Bala perdida, acidentes, aneurisma, ataques fulminantes, doenças não descobertas, mortes súbitas... Ao vermos essas mortes ficamos sem reação, sem saber o que aconteceu ou o porquê que aconteceu e isso demonstra o quanto somos súditos de nos mesmos ou do destino. Tem vez que a vida passa na frente dos olhos, ocorre quando você se salva de algum acidente, doença, bala perdida... Você renasce.
E descobre que você não controla nada e percebe que o próximo dia pode não chegar e passa a da um valor maior na sua vida e deixar as pessoas que você ama com palavras de conforto.

Eu procurava algo naquela luz no céu. Olhava tão fixamente para a luz que não me dei conta de algo se aproximando. De repente ouvi gritos e corri.
Naquele momento eu precisei correr como nunca havia precisado, corri sem pensar.
E vi tudo em câmera lenta, olhei para tudo e via escuridão... Segundos após via a vida de novo em meus olhos. Não foi como morrer, assim não lembro qual é a sensação da morte. Meu coração não bateu acelerado; minha mente não pensou, minhas pernas apenas correram, mas algo de mim ficou parado naquela cena.

Eu não acreditava que estava viva, mas também não acreditava que eu iria morrer. Minha mente simplesmente parou. Às vezes dá vontade de chorar, dá vários calafrios e, se fechar os olhos, o que poderia ter acontecido torna-se cada vez mais próximo. E se... E se... Pronto to aqui agora, mas aquela minha sensação não se descreve em palavras...

No fim da noite depois de quase morrer... Morri, mas naquele momento morria de amor, um segundo de cada vez... A cada sorriso, gesto, palavra, seu cheiro, a cada olhar... E assim um pouco de mim ia embora. E o pior quando tudo era real... Quando eu ouvia ‘queria te beijar agora’ ou quando te roubava beijos em lugares perigosos em que poderíamos ser vistos, mas morrer de amor era muita adrenalina para meu coração! Ainda sinto seus beijos... Seus últimos beijos ao lado do carro no chão do asfalto escuro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário