quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Progressivo

Era primavera, a lua estava cheia e por fim ventava.
Ventava pela janela meio aberta em um quarto meio escuro e assim fazia meia sombra nos olhos que brilhavam ao olhar para o espelho.

E ali ficou sem conseguir dormir olhando para tudo que poderia acontecer se... E ali ficou parado, pensando em tudo que aconteceu.

Sorriu, ele não poderia mudar nada e se sentia vivo ao ouvir o barulho do tempo. Um tempo que passou e passava a cada suspiro de amor ou indignação;

Então levantou e correu para onde o vento não entrasse pela janela, mas que batesse no seu corpo; Ele chegou ao ponto mais alto da cidade e quis correr para o horizonte e foi, mas ele parou e pensou que não adiantaria o quanto corresse, existiria sempre uma falta, que ele então desejaria ir atrás e por fim ele descobriu que a falta e a busca iria sempre acompanha-lo.

Então ele voltou, subiu devagar abriu a porta beijou seus dois filhos, foi ate seu quarto e sua esposa o olhou ele sorriu e disse: Eu te amo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário