quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Eu não olho mais pra lua.

Ou me quer e vem, ou não me quer e não vem. Mas que me diga logo pra que eu possa desocupar o coração. Avisei que não dou mais nenhum sinal de vida. E não darei. Não é mais possível. Não vou me alimentar de ilusões. Prefiro reconhecer com o máximo de tranquilidade possível que estou só, do que ficar a mercê de visitas adiadas, encontros transferidos. Caio Fernando de Abreu



Eu não olho mais pra lua, mas ainda vejo o tempo passar.

Acreditei em você, ainda lembro do seu pedido, vamos tentar? E eu disse sim, querendo dizer não. Te achei corajosa, te admirei naquele momento e pensei que fosse a pessoa certa em um momento errado. E quer saber eu acreditei em você, mesmo não acreditando em nós. Por isso disse sim, mas o medo dizia não.

Em bilhetes trocados, escrevíamos ‘sempre’ e eu e minha mania de ouvir músicas e acreditar nelas. Tive então mais medo ainda, porque o pra sempre acaba. Acaba, porém a cada fim é um recomeço. Mas essas coisas de pra sempre, sempre me incomodo muito. Bom, eu tinha medo sim, mas achei que você seguraria minha mão dessa vez e então olhei pra lua e em seus olhos.

Não sei te dizer se é um adeus ou um até logo, mas não pense que não lutei por você. Espero que você saiba que fiz jus à coragem que um dia eu admirei em você. Sei que não dá pra sentir saudade de momentos que foram sonhados, só queria que soubesse que eu teria ido com você. Se seria bom ou não, eu não sei e acho que nunca saberei, mais iria ser mágico.

Mas de tudo queria agradecer. Obrigada, eu não tinha mais esperanças quando você me achou, ou não sei ao certo quem achou quem. Estávamos ali e pronto, era o momento. Não que minha esperança tenha voltado como era antes, mas ela percebeu que não a motivo pra desistir.

Desculpa se eu ainda lembrar de olhar no relógio, no fim da tarde; ou de pensar em você, saber se está bem ou se você chegou bem no fim da noite em casa. Vai passar, prometo.

Já ia me esquecendo a resposta é sim. Eu tenho que te confessar é eu ainda olho pra lua. Todos os dias, mas eu sempre olhei.

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