sexta-feira, 13 de abril de 2012

Silêncio

Todo o dia penso em destruir tudo seu que ficou e tudo mais que me lembra você, eu odeio ir aos lugares que te encontrei, dá vontade de chorar.
Quando eu vejo um prato de verdura, perco a fome e até as palavras eu andei olhando mais para elas - se elas estavam realmente corretas. Palavras malditas, que saem da minha boca tão rápido que ás vezes nem deveriam sair.

Cansei! Mas não existe um dia que eu não veja uma foto sua, to me controlando, já até apaguei seus números da minha agenda, já é algo. Mas sabe o que é pior? Eu os decorei. E ainda tenho muito medo de te encontrar, não por não saber o que falar, porque não vou falar nada. Mas é aquele medo de voltar tudo, tudo que eu to tentando esquecer.

Sabe quantas vezes por dia eu ouço aquela música? Bom, muitas! Sabe quantas vezes eu já tentei colocar defeitos em você? Várias. E se quer saber eu até acho, todos aqueles que você me contou, você me ensinou muito sobre você... Só não me ensinou a viver sem você.
Sabe aquelas palavras? Ah! Eu fiquei calada, querendo te dizer muito, mas de nada ia adiantar. Então saiba que eu me calei, mas jamais concordei.

Eu me irritava sim, porque você nunca aceitou meus convites, meus sorrisos, meu olhar.
Tudo era como você queria e foi do começo ao fim. Já perdi as contas de quantas vezes eu chorei uma lágrima por vez, segurando pra não desabar em qualquer canto. Ah! E quantas vezes eu me vi em qualquer canto - parada olhando para o nada. Esperando ouvir sua voz, uma voz que não sai do meu ouvido, nunca consegui parar de escutar... De ouvi você cantando.

Eu não te prometi nada, mas te dei tudo. Você me prometeu tudo e não me deu nada. Talvez fosse pouco o que eu tinha, mas era o que eu tinha! Desculpa se foi pouco. Você me ensinou muito sobre você... Toda vez que ouço a palavra obrigada, desculpa... É! Só me lembro de quantas vezes você me pediu desculpas... Não queria ter mudado nada, adorava te beijar com os olhos, te abraçar com medo e com a alma, você não imaginava o quanto meu coração batia. Mas não tivemos tempo - você não me deu tempo, mas pra que tempo! Quando se perdeu aquele tempo, qualquer tempo é apenas tempo.

Ai seu jeito de dizer coisas intensas, otimistas e palavras... Nunca passou disso.
Você me machucou com seu silêncio, seu jeito de dizer coisas bonitas e te me prometer o que nunca tinham me prometido.

O que mais doeu foi nunca mais te vê. Queria olhar pros seus olhos pra sua boca já que a única coisa que você me deu foi seu olhar e seu silêncio. Se palavras ferem, o silêncio destrói.

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